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  • Eugénio de Andrade

    As palavras interditas • As palavras interditas (1951)

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As palavras interditas szöveg

Os navios existem, e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades
partem no vento, regressam nos rios.
 
Na areia branca, onde o tempo começa
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
 
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E entram pela janela
as primeiras luzes das colinas.
 
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
 
Dói-me esta água, este ar que se respira
dói-me esta solidão de pedra escura
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
 
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens vivas, desenhadas
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
 

 

"As palavras ..." fordításai
Eugénio de Andrade: Top 3
Hozzászólások
Manuela ColomboManuela Colombo    Csütörtök, 16/04/2020 - 20:19

Questa poesia si trova nella raccolta omonima
"As palavras interditas" (1951)