O som da guitarra é a alma de um povo
Que chora seu fado a cantar
Que vive uma vida nas margens de um rio
Morre nas ondas do mar
E o som da guitarra é o grito de um povo
Que saiu para a rua em Abril
Que nas caravelas descobriu o mundo
De Angola, a Timor, ao Brasil
Ó povo de poetas tristes
Que lutas sozinho, resistes
No Norte, no Sul, em Lisboa
Por Zeca, Camões e Pessoa
Ó povo de poetas sós
Em Maio rezas por nós
Num fado da Amália a chorar
Saudade para recordar
Ó meu país guerreiro, tu nunca te rendes
E lutas pelos teus ideais
Lendas, profecias de Alcácer-Quibir
Já são utopias demais
Ó povo de poetas tristes
Que lutas sozinho, resistes
No Norte, no Sul, em Lisboa
Por Zeca, Camões e Pessoa
Ó povo de poetas sós
Em Maio rezas por nós
Num fado da Amália a chorar
Saudade para recordar
Porque o som da guitarra é a alma de um povo
Que, livre, já pode sonhar