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Letras originais
Ogdr34 – Acho tão natural que não se pense
Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer coisa
Que tem que ver com haver gente que pensa...
Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me coisas...
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente...
Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas coisas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar, tenho a Terra e o Céu.
GuernesTradução
Ogdr34 - Trovo cosi naturale che non si pensi
Trovo cosi naturale che non si pensi
che mi metto a ridere, a volte, da solo,
non so bene di che cosa, ma è di qualcosa
che riguarda il fatto che ci sia gente che pensa...
Che penserà il mio muro della mia ombra?
A volte me lo chiedo fino a che mi accorgo di me
che mi chiedo delle cose...
E allora mi dispiaccio di me, e mi disturbo
come se mi accorgessi di avere un crampo al piede...
Che cosa penserà questo di quello?
Niente pensa niente.
Avrà coscienza la terra delle sue pietre e delle sue piante?
Se ce l'ha, che ce l’abbia...
A me che mi importa?
Se io pensassi a queste cose,
cesserei di vedere gli alberi e le piante
e cesserei di vedere la Terra,
per vedere soltanto i miei pensieri...
Mi rattristerei e resterei al buio.
E cosi, senza pensare, ho la Terra e il Cielo.
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Adicionado por 
Manuela Colombo em 2017-08-09
Manuela Colombo em 2017-08-09 Última edição feita por Manuela Colombo em 2017-08-10
Manuela Colombo em 2017-08-10✕
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Sobre o tradutor
s.d.
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“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).
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